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domingo, 23 de setembro de 2012

Circuito Adidas - Primavera

Hoje saí do plantão direto pro Pacaembu. Chegando lá, uns poucos gatos pingados ainda, e um frio de 13 graus celsius.. Uiuiuiuiui...
Procurei em vão uma lojinha da Adidas para comprar um agasalho e nada... Aí galerinha da organização... Visto o frio que fazia não custava nada, né.
Também nenhum lugar onde se pudesse comprar um bom e velho chocolate quente e comer um pãozinho. Só os stands das equipes. Tudo bem que tinha muito filão, mas eu não tenho essa cara-de-pau.
Paciência... Tive que me contentar com uma coca e um torcida comprados na banca de jornal.
Outra coisa desagradável. Um cheiro sui-generis de fezes invadia toda a praça do Pacaembu, e não vinha dos banheiros químicos, mas sim do esgoto de lá mesmo. Será que eles nunca ouviram falar das bactérias da Ecofossa?
Bom, a largada ocorreu as 8:30h para os 10k e as 7:30 para os 5k, e foi até organizada, mas o pessoal do pelotão branco foi largar mesmo dois minutos depois do início da prova.
No meio do percurso tinha o Viaduto Arthur Costa e Silva. Xinguei muito, mas no fundo gostei. Foi um desafio e tanto. Muitos caminhavam, alguns choravam, outros vomitavam. Kkkkkkk... O pessoal dos prédios se divertiam olhando na janela. Foi muito puxado, pelo menos para mim, mas em nenhum momento arreguei. Mantive o pace na ida, e na vinda acelerei um pouco. Minha sorte foi justamente o céu nublado, porque se tivesse sol eu não teria aguentado.
No geral gostei da prova, mas reforço a necessidade de se ter um stand ou quiosque para se comprar um café da manhã, pois tem muita gente que vem direto de plantões ou viagens.
Aqui estão as fotos!





quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Gravidez da Adolescência

Todo mês surge mais uma grávida com 14 anos aqui no meu postinho. Não sei mais o que fazer.
Temos tentado palestras, reuniões. O problema que não é por falta de informação que a adolescente engravida. A maioria absoluta conhece todos os métodos anticoncepcionais de cor e salteado,e dão banho em muito marmanjo. O que acontece é que muitas estão já na terceira geração de gravidez precoce na família (avó engravidou aos 16, mãe aos 15, e ela aos 14), então não conseguimos ter penetração nesta família. E em outras há o pensamento fantasioso de que a adolescente terá uma vida melhor, com sua própria bolsa-família.
A partir do mês que vem prepararei uma série de palestras (e pretendo disponibilizar o material aqui no blog, ou quem quiser contacte-me no email doutoraleilany@hotmail.com) digamos um pouco mais "agressivas", onde explicarei as morbi-mortalidades da gravidez nesse grupo, com fotos Mais "chocantes", pois geralmente as fotos são de adolescentes com barrigas lindas, sentadinhas em grupos, aguardando a chamada para o pré-natal, chega a ser até uma visão romântica da situação. Colocarei fotos de cirurgias cesareanas, adolescentes na UTI, óbitos. Terapia de choque. Pode ser politicamente incorreto, pode sim. Mas mais politicamente incorreto é eu ver todos os meses mais uma adolescente que vi crescer, que fiz nascer, engravidando, saindo da escola, não tendo oportunidades no mercado de trabalho e sendo excluída de uma vida melhor (faculdade, mestrado, um casamento mais maduro, ou simplesmente uma vida independente).
Outra coisa que farei é gravar o choro de um bebê com cólicas, e trabalhar o som, para que o choro fique contínuo por 3 minutos. E nas palestras usarei essa gravação em uma dinâmica. Após ouvirem o som, as (e os) adolescentes escreverão o que vier a mente. Depois haverá leitura dos papeizinhos e falarei: "Pois é gente, e foram só 3 minutinhos... Para um adulto já é complicado... Já pensou, você ouvindo esse som por 3o minutos, 3 horas... E sem ninguém para ajudar, muitas vezes sem condução para levar o bebê a um médico...".
Pois é,o ser humano é assim... Muitas vezes falar manso não resolve, vamos partir para falar alto...

domingo, 20 de novembro de 2011

Gentilezas e Palavrões

Acabou-se o fim de semana, com um bom saldo... Esta noite não dormi um segundo, atendi bastante, mas o ritmo do particular é diferente, menos pacientes, então finalmente consigo dedicar-me mais a cada um, conversando, escutando. Bom, mais escutando do que qualquer outra coisa.. Atendi 50 pc nas 24h, destes 40 eram idosos! Aí vou chegar ao ponto. Não é o inglês a linguagem universal, muito menos o esperanto que faleceu antes mesmo de nascer. É a gentileza, o sorriso. Não tem um doente, seja ele rico ou pobre, quintanense ou paulistano, católico ou judeu, que não abra um sorriso, por menos que seja, ao adentrar a sala de consulta e me encontrar ( mesmo descabelada ) e eu cumprimentar em alto e bom som: "Bom diaaaa!". É impressionante, a pessoa pode estar infartando, mas um sorriso leva a outro sorriso de volta, e o calor humano que emana das relações interpessoais, por mais passageiras que sejam, é o alimento de nossa alma, e não tem cansaço ou fadiga que resista a um doentinho que sorri e fala: "Deus te abençoes, doutora"! Pronto, pode chamar o próximo que meu cansaço já se foi!
Outra coisa, mudando radicalmente o assunto.. Sei de onde Tupã tirou os nomes absurdos que põe nas ruas... Daqui, de São Paulo.... Praça Omaguás, Itaquera, Itaim Bibi.... Cada nome... Bom daqui a pouco vou pegar o busão de volta. Deixo algumas fotos de hoje:












































segunda-feira, 24 de outubro de 2011

São Paulo

Gente, estou tão emocionada! Dia 4 de novembro começarei minha segunda especialização médica, Dermatologia,em São Paulo, "capital".
Não conheço nada, NADA, lá.
Vou sozinha pois o Zé ficará cuidadno do sítio e das crianças.
Já puxei todo o percurso do Terminal Rodoviário até a Praça da Árvore, na Saúde,mais de cem vezes, e cada vez parece que tem coisa nova. Já até vi onde tem um restaurante vegetariano por perto.
Não tenho medo de me perder. É engraçado, tenho medo de me achar. É que tantos anos que moro aqui em Quintana, que já me esqueci de como é uma cidade grande. Me lembro que quando morava no Rio, eu amava tomar água de coco de tardezinha na beira da praia. Tirava os tênis e sentava na calçada com os pés virados para a areia. Meu Deus, como eu amava aquela sensação de liberdade. Depois que vim para cá até me esqueci disso, simplesmente aprendi a gostar do campo, do pôr-do-sol alaranjado do outono, por detrás dos eucaliptos. Do cricrilejar dos grilos, do grugulejo (existe?) dos sapos na beira da represa. Será que odiarei ou amarei a cidade grande?
Também já morei em Brasília,onde fui Tenente do Exército Brasileiro, mas na época nem aproveitei muito a cidade grande.
Pois é,dia 4 me aguarda...
Já andei por tanto canto que eu nem me lembro mais...
Soube que tem um tal de Mercado Municipal, que vende fumaça líquida, ingrediente indispensável para se fazer o "Baking bits" (procure no youtube), que são bacons de PTS (soja).
Bom, depois do dia 4 eu conto como foi!