quinta-feira, 21 de junho de 2012

Separação

O mais engraçado de todo recomeço que parece que não é um recomeço. No máximo uma junção de várias peças estilhaçadas que ficaram caídas debaixo do sofá. ou uma colcha de retalhos da vovó, que há muito estava guardada embolorada. E mesmo embolorada tem o seu frescor.
Não há nada de novo debaixo desse sol, já dizia o livro biblico de Eclesiastes, e não há nada mesmo. Repetimos atitudes, erros, e as vezes acertos.
O mais importante é o quão inteiros saímos a cada erro. Mais novos saímos destruídos, arregaçados. e conforme vamos amadurecendo vamos aprendendo a sair de situações quase inteiros. Quase já é um bom lucro.
Pensar em linha reta e para frente é um grande aprendizado, tomar as rédeas da própria mente e não deixá-la divagar também é proveitoso e uma medida preventiva importante para preservar nossa saúde mental.
Em um espaço-tempo quântico não é aconselhável transportar sua mente para o futuro em ansiedades inúteis, nem descansá-la no passado, em lamentações e tristezas sem fim. O hoje é o hoje, e ainda assim quando penso nele, já foi, e é passado.
Tudo bem, nem ontem, nem semana passada, mas ainda não estou preparada para voltar a correr, tenho que organizar minha vida primeiro, e assim será.
Mas correrei, correrei como nunca assim que catar todos meus caquinhos .

terça-feira, 19 de junho de 2012

Brasília

Asinhas, asonas, voar, voar
Meus pés espetam a lua de Brasília, como pequeninos alfinetes cutucam o alvo linho
Chego em Brasília, coloco os pés no chão abençoado do Planalto Central
Terra que eu amo e que já foi por vezes o meu lar
acolhe a filha desgarrada que planta tempestade e colhe furacão