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domingo, 20 de novembro de 2011

Gentilezas e Palavrões

Acabou-se o fim de semana, com um bom saldo... Esta noite não dormi um segundo, atendi bastante, mas o ritmo do particular é diferente, menos pacientes, então finalmente consigo dedicar-me mais a cada um, conversando, escutando. Bom, mais escutando do que qualquer outra coisa.. Atendi 50 pc nas 24h, destes 40 eram idosos! Aí vou chegar ao ponto. Não é o inglês a linguagem universal, muito menos o esperanto que faleceu antes mesmo de nascer. É a gentileza, o sorriso. Não tem um doente, seja ele rico ou pobre, quintanense ou paulistano, católico ou judeu, que não abra um sorriso, por menos que seja, ao adentrar a sala de consulta e me encontrar ( mesmo descabelada ) e eu cumprimentar em alto e bom som: "Bom diaaaa!". É impressionante, a pessoa pode estar infartando, mas um sorriso leva a outro sorriso de volta, e o calor humano que emana das relações interpessoais, por mais passageiras que sejam, é o alimento de nossa alma, e não tem cansaço ou fadiga que resista a um doentinho que sorri e fala: "Deus te abençoes, doutora"! Pronto, pode chamar o próximo que meu cansaço já se foi!
Outra coisa, mudando radicalmente o assunto.. Sei de onde Tupã tirou os nomes absurdos que põe nas ruas... Daqui, de São Paulo.... Praça Omaguás, Itaquera, Itaim Bibi.... Cada nome... Bom daqui a pouco vou pegar o busão de volta. Deixo algumas fotos de hoje:












































terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dia do Kiko

Hoje, Kiko, meu primeirão faz  18 anos!
Há 18 anos atrás, no Hospital Universitário da UNIG, em Mesquita,Nova Iguaçu, nascia o Kiko, ou Ronaldo, como é seu nome de verdade.
Internei logo cedo, e 'as 9:26h ele nascia. De 37 semanas, mas corado, com bons pulmões, não chorou, mas resmungou logo ao nascer. E até hoje resmunga 'a toa, mas chora pouco.
Uma criança boazinha, onde a gente colocava,ele ficava. Inteligente, aprende rápido, e porisso mesmo 'as vezes é um pouco preguiçoso e gosta de conversar na aula.
Aprendeu violão, guitarra e piano sozinho. Foi assim, quando ele tinha uns 9 anos ele pediu um violão. Eu enrolei o quanto pude, mas um dia levei o violão. Enganei ele, e disse que era um violão velho, embrulhado na caixa, e que eu não tinha tido dinheiro para lhe comprar um violão novo. Como sempre, bonzinho, nem me xingou, e conformado disse : "tudo bem mamãe!". Abriu a caixa, já meio sem ansiedade, e quando viu o violão novo, os olhinhos encheram de lágrimas, me fazendo crer que aquele momento ia ficar prá sempre guardado em nossas memórias.
Uns dias depois ele me pediu para ensinar a tocar. Eu, atrasada para o serviço, falei, Kiko, o ré é assim, o lá é assado, pega aquelas revistinhas velhas da mamãe e "se vira"!
Quando cheguei, oito horas depois, o Kiko tava até desidratado, nem tinha comido... Mas estava tocando!!! Tudo bem que era uma música caipira : "Tira, tira, tira esse zoião, a garota já é minha..."
Nem acreditei.
Daí para a frente foi uma música atrás da outra.
Apresentei ele ao Green Day, e ele gostou! Começou a tocar punk rock, formou uma banda, a Brawzer, e até hoje  está "na batalha"!
Semana passada, prestou o vestibular e passou para Psicologia, que acho a carinha dele!
Parabéns, Kikão da Mamãe!