sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sair

A verdadeira arte de viajar...
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

-- Mário Quintana



Tem gente que já nasceu velho. Que tem medo de tudo. Medo de viver.
Prá gente conhecer de verdade outros lugares, outras gentes, tem que ter o coração aberto, a vontade certa, a convicção que tudo sempre vai dar certo, e que se não está dando certo ainda, é porque não acabou.
Não entendo raiz. Raiz é para quem é planta. Quem é gente não tem que ter raiz. Nem pedra, que é pedra, tem raiz não! Chove e sai rolando, cantando . Raízes são supervalorizadas, o importante não é o estar, é o ser. O que se é agora, e nem sempre é o que vai ser.
A vida não dura muito, e quando a gente lida com a saúde acaba entendendo isso de uma forma ou de outra. E pior, tem gente que tem pressa de morrer, de se matar aos poucos, e os outros ficam com sentimento de culpa por aquele que não se cuidou. 
Nós somos livres para viver, para morrer, para trocar de lugar, quando temos vontade de ir, ou vir, vai saber.
E isso é que é lindo de ser, de existir, é o princípio da incerteza, de Planck, da física quântica, é o não saber o que tem na esquina, é não enxergar no ponto cego do retrovisor, é a potencial cabeçada ou a esperada virada!

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