Cheirinho de limão com açúcar, embora eu nem goste de limão, é o cheirinho de acordar após uma noite bem dormida. Não tem igual uma noite dormida após uma corridinha puxada, no calor de 35 graus... Pois é, ontem foi meio puxadinho, mas não sou doida não, me hidratei bem antes, durante e depois dos 11 km que corri. E outra coisa, como dizia Cazuza, meus heróis morreram de overdose. Como não sou herói de ninguém nem de mim mesmo, após os 9,5km quando já não dava mais mesmo, comecei a caminhar, que também é muito legal. Eu acho muito bizarro pessoas comuns, que nem eu e você se estrupiarem todas para correr mais do que podem. Em uma competição ainda vai, sei lá, é até legal dar uma puxadinha a mais e faturar um podiozinho, nem que seja terceiro lugar de três corredores de 40-45 anos feminino ;)! Mas vejo a corrida mais zen, como esporte e como modo de vida. Minha vida já é meio estressante, para quê eu vou querer um hobby para me estressar mais ainda?
Então é assim, corro, mas não corro para me estrupiar, até corro para me superar, dia-a-dia, mas não para superar os outros. Acontece, é claro, de uma vez ou outra a gente ficar com uma dorzinha aqui ou ali, é aquela dorzinha gostosa, que dói doído e dói para rir e para iniciar o movimento, até aí tá tudo certo...
Se estou correndo e vejo um pássaro diferente eu paro, fecho o app de corrida (oh my god, que heresia!), e tiro uma foto para postar no Instagram. Mais importante que a linha de chegada é o caminho. O aprendizado. Os limites de cada um, e o dia que superamos esses limites, mesmo devagarinho. Há de se comer o mingau quente pelas beiradas! Não adianta correr que nem um doido e não curtir, não relaxar, não se divertir. Aliás que não se diverte no seu cotidiano, morreu, e esqueceu de deitar.
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